A qualidade da educação no Brasil está longe das expectativas de um país emergente. Os resultados do último PISA - prova aplicada em 71 países para avaliar os níveis da educação mundial – apenas reafirmam que é preciso melhorar, e muito: enquanto a China ultrapassou países desenvolvidos e ocupou a primeira colocação no ranking, o Brasil (sem nenhuma surpresa) figurou com médias de países africanos na 66ª colocação. Mas então, onde estão as falhas no sistema educacional brasileiro?
São inúmeras as respostas: falta de investimento, espaços físicos inadequados, falta de um padrão na grade curricular,... porém, o principal problema está na base: aulas pouco atraentes. Partindo desse argumento, a falta de professores e o desinteresse de ingressantes nessa profissão se explica; aulas chatas, além de não estimularem o aluno a aprender o suficiente, desvalorizam o papel do professor.
De acordo com os dados dos vestibulares da UFRGS de 2005 e 2011, a queda na densidade (relação do número de candidatos por vaga) nos cursos de licenciatura é enorme – em História, caiu de 11,2 para 4,22, e em Matemática, passou de 6,11 para 1,73. Resolver esse problema é uma forma direta de melhorar os níveis de ensino. Do mesmo modo que modernizamos o país, é preciso reformular a educação, investir em tecnologia, encontrar novas formas de transmitir o conhecimento, enfim, tornar a sala de aula um ambiente mais atrativo.
Os melhores profissionais são aqueles que amam o que fazem e são estimulados para tal. O professor é ponto de partida para proporcionar isso. Todo país que cresce, independente do setor, prima por uma educação de qualidade para formar profissionais capacitados, a exemplo disso podemos citar a Coréia do Sul, que passou por uma reforma educacional nos anos setenta e hoje é referência em tecnologia.
Chegou a hora do Brasil. Com duas décadas de estabilidade econômica, a miséria diminuindo e a classe média aumentando, os objetivos dos brasileiros tornam-se mais ambiciosos. Para isso, a melhor forma de atender as expectativas é investir em educação – desde sua base, formando professores preparados para reverter esse quadro. O futuro do país é agora.
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